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Matriz de transportes no Brasil e a Multimodalidade

Matriz de transportes no Brasil e a Multimodalidade
1 - Introdução:
Para entender e planejar a logística de transporte no Brasil é preciso entender o cenário nacional e a matriz de transporte e os modais disponíveis.Também temos que considerar os investimentos que serão feitos pela iniciativa publica e privada, com relação ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e ao PPP (Participação Público Privado) para os próximos anos e o caminho da oferta futura dos modais disponíveis. Pois, o pais tem um atraso histórico e necessita de investimentos em infraestrutura logística em todos modais: rodoviário, ferroviário, hidroviário, aeroportuário, portos.
Os próximos anos serão cruciais para infraestrutura logística no Brasil, pois os planos de investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e as parcerias PPP (Parcerias Público e Privado) que estão planejados e em andamento reduzirá um pouco este atraso histório em infraestrutura logística no Brasil.
Os investimentos externos, investimentos de empresas multinacionais seja através de investimentos diretos em aquisição de outras empresas, investimentos em infraestrutura logística, máquinas, veículos e equipamentos, investimentos em portos e aeroportos, etc.  Empresas globais que atuam no Brasil como: DHL, FEEDEX, UPS, TNT, etc.
A atividade de transporte gera os fluxos físicos dos bens e serviços ao longo da cadeia de suprimentos e é responsável pelos movimentos de materiais. A atividade de transporte envolve também a movimentação de pessoas em vários modais: ferroviário, hidroviário, aeroviário e rodoviário. Como também, o uso da multimodalidade na movimentação tanto de pessoas quanto de materiais.
2 - Matriz de transportes no Brasil
Mas afinal, o que envolve a gestão de transportes? As atividades de gestão de transporte envolve uma série de ações na esfera estratégica, tática e operacional, que englobam decisões com relação ao transporte de mercadorias e pessoas em operações de curta, média e longa distância.
Distância e tempo são os parâmetros que influencia as atividades de transporte, a distância corresponde ao trajeto percorrido entre os pontos de produção e de consumo, e tempo refere-se ao tempo necessário para percorrer a distância e disponibilizar os produtos para o cliente / consumidor.
2.1 - O transporte Multimodal de cargas
Conforme Lei 9611, artigo 2º (Lei 19/02/1998) é: O transporte Multimodal de Cargas é aquele que, regido por um único contrato, utiliza duas ou mais modalidades de transporte, desde a origem até o destino, e é executado sob a responsabilidade única de um Operador de Transporte Multimodal.
Quanto a definição de TRANSPORTE MULTIMODAL DE CARGAS nacional e internacional, paragrafo único da lei 9611 inciso I, II, o Transporte Multimodal de Cargas é:
I - nacional, quando os pontos de embarque e de destino estiverem situados no território nacional;
II - internacional, quando o ponto de embarque ou de destino estiver situado fora do território nacional.
No artigo 3º da Lei 9.611, a definição de transporte Multimodal de cargas compreende, além do transporte em si, os serviços de: Coleta, unitização desunitização, movimentação, armazenagem e entrega de carga ao destinatário, bem como a realização dos serviços correlatos que forem contratados entre a origem e o destino, inclusive os de consolidação e desconsolidação documental de cargas.
Os termos modo, modal e modalidade de transporte possuem o mesmo significado. Consideram-se cinco os modos básicos de transporte: rodoviário, ferroviário, dutoviário, aquaviário e aéreo.
O conceito de Transporte Multimodal definido pela Lei 9.611/98 está em consonância com o estabelecido no acordo firmado entre o Brasil e os países da América Latina, em 1994. Não obstante inexistir, atualmente, uma aceitação por todos os países de uma terminologia única, a definição deste acordo é baseada no Convênio das Nações Unidas de 1980, realizado em Genebra, sobre o Transporte Internacional de Mercadorias.
O conceito de Transporte Multimodal é o definido pela Lei 9.611/98, já o termo Transporte Intermodal não possui mais base jurídica, pois a legislação que o definiu, a Lei 6.288/75 (dispõe sobre a utilização, movimentação e transporte, inclusive intermodal, de mercadorias em unidades de carga) foi revogada. Embora a primeira Lei revogue esta última, o conceito de Transporte Intermodal não foi substituído pelo de Transporte Multimodal, pois há diferenças conceituais entre os dois termos.
Com relação às leis que disciplinam o Transporte Multimodal de Cargas no Brasil, pode ser encontrado no endereço eletrônico http://www.antt.gov.br/legislacao/Multimodal/index.asp:
  • Lei 9.611/98 – Dispõe sobre o Transporte Multimodal de Cargas;
  • Decreto 3.411/00 – Regulamenta a Lei nº 9.611, de 19 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre o Transporte Multimodal de Cargas, altera os Decretos nos 9l.030, de 5 de março de 1985, e 1.910, de 21 de maio de 1996, e dá outras providências.
  • Decreto 5.276/04 – Altera os arts. 2o e 3o do Decreto no 3.411, de 12 de abril de 2000, que regulamenta o Transporte Multimodal de Cargas, instituído pela Lei no 9.611, de 19 de fevereiro de 1998, e dá outras providências.
  • Decreto 1.563/95 – Dispõe sobre a execução do Acordo de Alcance Parcial para a Facilitação do Transporte Multimodal de Mercadorias, entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, de 30 de dezembro de 1994; e
  • Resolução 794/04 – Dispõe sobre a habilitação do Operador de Transporte Multimodal.
2.2 - A Matriz de transportes no Brasil
Quando falamos de transportes, temos que considerar sobre os modais na análise da logística de transporte no Brasil e no mundo. Quanto aos modais marítimos e aéreos apresentam uma agilidade maior, ocupando espaço importante no transporte internacional.
As ferrovias, principalmente no Brasil, tem ocupado um espaço importante depois das privatizações, mas ainda está muito distante dos principais países onde o transporte ferroviário é um dos principais modais.
As rodovias ainda são um dos principais problemas de infraestrutura logística no Brasil pois mais de 80% das rodovias não são pavimentadas, principalmente as municipais. Enquanto, as rodovias pavimentadas federais e estaduais não privatizadas estão em condições precárias. Com relação ao PNL e o PAC, tem investimentos significativos nas rodovias federais, por exemplo no Rio Grande do Sul a duplicação da BR116 que faz ligação a região sul do Rio Grande do Sul e ao principal porto do RS, que é o Porto de Rio Grande.
Abaixo matriz de transportes de cargas no Brasil, dados de 2014 CNT:
Matriz do transporte de cargas no Brasil - 2014
Modal
Milhões (TKU*)
Participação (%)
Rodoviário
485.625
61,1
Ferroviário
164.809
20,7
Aquaviário
108.000
13,6
Dutoviário
33.300
4,2
Aéreo
3.169
0,4
Total
794.903
100,0
           Tabela 1: Adaptado de CNT (2014)  * Tonelada-Quilômetro Útil
Entre 1997 e 2005 os principais modais no Brasil, em % estavam assim distribuídos:
MODAL
Participação % em 1997 (ANTT)
Participação % em 2005 (ANTT)
Participação em %
em 2025 ( MT)
Rodoviário     
63,1%
58%
30%
Ferroviário
21%
25%
35%
Hidroviário     
11,7%
13%
29%
Dutoviário      
3,9%
4%
5%
Aeroviário      
0,3%
1%
TOTAL
100%
100%
100%
TABELA 2 – Elaborado pelo autor dados Ministério dos transportes 2014
O modal rodoviário em 1997 representava 63,1%, em segundo lugar era o ferroviário com 21%, já em 2005 ocorreu diminuição para 58% rodoviário e aumento para 25% no ferroviário.
Pode-se constatar que os principais modais, conforme previsão do Ministério dos Transportes, até 2025 será o ferroviário (35%), rodoviário (30%) e hidroviário (29%). Sendo que, o que vai diminuir significativamente é o rodoviário, que em 1997 a participação era de 63,1%, já em 2025 será de 30%. E o que mais vai crescer será o hidroviário que em 1997 era de 11,7%, já em 2025 será de 29%.
Os dados do Ministério dos Transportes por modais, conforme histórico desde 1996-2005, a tendência para 2025 a distribuição em % por modal será a seguinte:
MATRIZ DE TRANSPORTES BRASIL
MODAL
1996
2005
2025
Aéreo
0,33
0,4
1,0
Hidroviário
11,47
13,0
29,0
Dutoviário
3,78
3,6
5,0
Ferroviário
20,74
25,0
35,0
Rodoviário
63,68
58,0
30,0
Total
100,00
100,00
100,00
Tabela 3, fonte: Ministério dos Transportes / Secretária de Política Nacional de transportes
Com relação ao OTM - Operadores de Transporte Multimodal, conforme ANTT (Consulta 12/2014), temos no Brasil cadastrados: 476 empresas brasileiras e 04 empresas estrangeiras, conforme dados atualizado pela ANTT, em 31/10/2014:
       Empresas Brasileiras (1)
Empresas Estrangeiras(2)
Total
476
4
480
                                 Tabela 4, fonte: ANTT, consulta 12/2014
Obs.: Incluem as habilitações amparadas pelo Acordo sobre Facilitação do Transporte Multimodal entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai (Decreto nº 1.563/95). Origem ou destino da operação de transporte no Brasil.
Com relação a malha rodoviária do Brasil comparada com outros países, é deficitária e pouco pavimentada, comparada entre os principais países, conforme segue:
 Pais
Malha total (Km)
% pavimentada
Movimentação anual de cargas (Milhões T*Km)
Brasil
1,5 milhão
14%
485.625
China
4,1 milhões
64%
5.137.474
Rússia
1 milhão
80%
247.936
Canadá
1,4 milhão
40%
136.393
Alemanha
643 mil
100%
468.900
Austrália
823 mil
43%
194.906
3 - Modais de transportes
3.1 Modal Rodoviário
O transporte rodoviário é utilizado para o transporte de mercadorias e pessoas por veículos automotores (ônibus, caminhões, veículos de passeio, etc.). Como possui, na maioria dos casos, preço de frete superior ao hidroviário e ao ferroviário, é adequado para mercadorias de alto valor ou perecíveis, produtos acabados ou semiacabados.
De acordo com o Departamento Nacional de Transportes Terrestres (DNIT), vinculado ao Ministério dos Transportes, existem 119.936 quilômetros de rodovias federais no país.
Características do transporte rodoviário de carga no Brasil:
  • Possui a maior representatividade entre os modais existentes;
  • Adequado para curtas e médias distâncias;
  • Baixo custo inicial de implantação;
  • Alto custo de manutenção;
  • Muito poluente com forte impacto ambiental;
  • Maior flexibilidade com grande extensão da malha;
  • Transporte com velocidade moderada;
  • Os custos se tornam altos para grandes distâncias;
  • Baixa capacidade de carga com limitação de volume e peso;
  • Integra todos os estados brasileiros.
Com relação à malha rodoviária brasileira, composto de 1,7 milhão de quilômetros de estradas, sendo somente 12,9% de estradas pavimentadas, seguem dados DNIT:
MALHA RODOVIÁRIA
PARTICIPAÇÃO / DADOS
Brasil
1,7 milhão de quilômetros de estradas
Estradas pavimentadas
12,9% (221.820 quilômetros)
Estradas não pavimentadas
79,5% (1.363,740 quilômetros)
Estradas planejadas
7,5% (128.904 quilômetros)
Rodovias estaduais
14,8% (255.040 quilômetros)
Rodovias municipais
78,11% (1.339,26 quilômetros)
Rodovias federais
7% (119.936 quilômetros)
Rodovias pavimentadas em obras
13.830 quilômetros
Rodovias duplicadas
9.522 quilômetros
Rodovias simples
192.569 quilômetros
Tabela 6 fonte: Adaptado DNIT. (Atualizado em Setembro/2014 - Sistema Viário Nacional)

Com relação às vantagens e desvantagens do transporte Rodoviário: 

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS
VANTAGENS
DESVANTAGENS
Capacidade de tráfego por qualquer rodovia. (flexibilidade).
Limite do tamanho da carga/veículo
Usado em qualquer tipo de carga.
Alto custo de operação.
Agilidade no transporte.
Alto risco de roubo/acidentes.
Não necessita de entrepostos especializados.
Vias com gargalos gerando gastos extras e maior tempo para entrega.
Amplamente disponível.
O modal mais poluidor que há.
Elimina manuseio entre origem e destino.
Alto valor de transporte.
Tem se adaptado a outros modais.
Fácil contratação e gerenciamento.
Os EUA ainda possuem a maior rede rodoviária do mundo, seguida pela India e depois China, segue tabela com 10 maiores rede rodoviária do mundo:
Ranking
País
Total km de rodovias
1
Estados Unidos
6.506.204 quilômetros de rodovias
2
Índia
4,689,842 quilômetros de rodovias
3
China
4.106.387 quilômetros de rodovias
4
Brasil
1.580.964 quilômetros de rodovias
5
Rússia
1.283.387 quilômetros de rodovias
6
Japão
1.210.251 quilômetros de rodovias
7
Canadá
1.042.300 quilômetros de rodovias
8
França
1.028.446 quilômetros de rodovias
9
Austrália
823.217 quilômetros de rodovias
10
Espanha
683,175 quilômetros de rodovias
Tabela 8, fonte:http://exame.abril.com.br/mundo/album-de-fotos/as-20-maiores-malhas-rodoviarias-do-mundo#20
3.2 Modal ferroviário
O Transporte ferroviário é o realizado sobre linhas férreas para transportar pessoas e mercadorias. As mercadorias transportadas neste modal são de baixo valor agregado e em grandes quantidades como: minério, produtos agrícolas, fertilizantes, carvão, derivados de petróleo, etc.
As primeiras ferrovias construídas no Brasil foram estimuladas por capitais privados, nacional ou de países estrangeiros, que tinham o desejo de se obter uma infraestrutura de transporte ferroviário capaz de levar a produção agrícola dos interiores aos principais centros urbanos e portos brasileiros.
Assim, começou a se desenvolver o transporte ferroviário no Brasil, passando a integrar alguns dos estados brasileiros, buscando uma forma eficiente de transportar pessoas e cargas de maneira mais rápida, segura e em grandes quantidades.

O desenvolvimento ferroviário brasileiro sempre esteve intimamente ligado a políticas de governo, que, por seu turno, variaram grandemente ao longo da história. Nesse sentido, e visando sistematizar essa relação, procurou-se dividir a evolução do sistema ferroviário segundo fases cronológicas, correlacionadas a fases da nossa história imperial e republicana. Segundo estudos do eng. José Eduardo Castello Branco, a evolução ferroviária no país observa o seguinte faseamento:
  • Fase I (1835 - 1873): durante a Regência e o Segundo Reinado, sendo observado o início da implantação de ferrovias no Brasil e o desenvolvimento desse sistema de transporte de forma lenta, através de empresas essencialmente privadas;
  • Fase II (1873 - 1889): abrangendo o Segundo Reinado e caracterizada por uma expansão acelerada da malha ferroviária, através de empreendedores privados, estimulados pelo instituto da garantia de juros;
  • Fase III (1889 - 1930): englobando a República Velha, ainda sendo observada uma expansão acelerada da malha, porém com o estado sendo obrigado a assumir o controle de várias empresas em dificuldades financeiras;
  • Fase IV (1930 - 1960): compreendendo a era Vargas e o pós-guerra, com o ritmo de expansão diminuindo e um amplo controle estatal das empresas antes privadas;
  • Fase V (1960 - 1990): situada quase que inteiramente ao longo do período em que a nação foi governada por um regime militar, estando à malha consolidada em poucas empresas públicas, ocorrendo erradicação de ramais antieconômicos e implantação de projetos seletivos de caráter estratégico;
  • Fase VI (1990 - ? ): período da Nova República, marcado pela privatização de todo o sistema ferroviário nacional.
Características do transporte ferroviário de carga no Brasil, conforme ANTT:
  • Grande capacidade de carga;
  • Adequado para grandes distâncias;
  • Elevada eficiência energética;
  • Alto custo de implantação;
  • Baixo custo de transporte;
  • Baixo custo de manutenção;
  • Possui maior segurança em relação ao modal rodoviário visto que ocorrem poucos acidentes, furtos e roubos.
  • Transporte lento devido às suas operações de carga e descarga;
  • Baixa flexibilidade com pequena extensão da malha;
  • Baixa integração entre os estados;
  • Pouco poluente.
Com relação aos principais prestadores de serviços ferroviário nacional, por malha, conforme segue:
  • América Latina Logística – Malha Norte (ALLMN)
  • América Latina Logística – Malha Oeste (ALLMO)
  • América Latina Logística – Malha Paulista (ALLMP)
  • América Latina Logística – Malha Sul (ALLMS)
  • Estrada de Ferro Carajás (EFC)
  • Estrada de Ferro Paraná-Oeste (FERROESTE)
  • Estrada de Ferro Vitória Minas (EFVM)
  • Ferrovia Centro Atlântica (FCA)
  • VALEC - Ferrovia Norte Sul (FNS)
  • Ferrovia Tereza Cristina (FTC)
  • MRS Logística (MRS)
  • Transnordestina Logística (TLSA)
Com relação à malha ferroviária nacional, a extensão da malha ferroviária brasileira é de 28,19 mil quilômetros de ferrovias(Conforme dados do Ministério dos transportes/ANTT).
Conforme dados da ANTT, a descrição da malha ferroviária Brasileira:
  • Extensão da malha ferroviária brasileira: 28 mil 190 quilômetros de ferrovias (considerando as devoluções de trechos da FCA).
  • Carga transportada: 140.356.356 (TU) (janeiro até abril 2014).
  • Quantidade de locomotivas em circulação: 3.340 (em 12/11/2014).
  • Quantidade de vagões em circulação: 103.141 (em 12/11/2014).
  • Segundo dados da ANTT, estão previstos R$ 91 bilhões de investimentos relacionados ao PIL nas ferrovias brasileiras nos próximos 25 anos (2014-2038).-
  • Cargas típicas do modal ferroviário e principais mercadorias transportadas (TU) até setembro de 2014: minério de ferro, soja, açúcar, carvão mineral, grãos, milho, farelo de soja, óleo diesel, celulose, produtos siderúrgicos, ferro gusa.
  • O sistema ferroviário nacional é o maior da América Latina em termos de carga transportada atingido 166,2 bilhões de tku (tonelada quilômetro útil) em 2001.
As principais vantagens e desvantagens, são:
TRANSPORTE FERROVIÁRIO
Vantagens
Desvantagens
Alta eficiência energética.
Tráfego limitado aos trilhos.
Grandes quantidades transportadas.
Sistemas de bitolas inconsistentes.
Inexistência de pedágios.
Malha ferroviária insuficiente.
Baixíssimo nível de acidentes.
Malha ferroviária sucateada
Melhores condições de segurança da carga.
Necessita de entrepostos especializados.
Menor poluição do meio ambiente.
Nem sempre chega ao destino final, dependendo de outros modais.

Pouca flexibilidade de equipamentos.
O uso de ferrovias no Brasil, para transporte de cargas e pessoas ainda é baixo comparado com outros países como China, EUA e países da Europa, onde os principais meios são o ferroviário e hidroviário, enquanto no Brasil ainda predomina o rodoviário.
Mas com investimentos público e privado em infraestrutura ferroviário, até 2025 a matriz de transportes no Brasil irá mudar significativamente onde o transporte ferroviário será o principal.
Conforme dados do Ministério dos transportes, o modal de transportes em 2025, em participação em % será:
MODAL
Participação em 2025 (%)
% Acumulado
Ferroviário
35%
35%
Rodoviário
30%
65%
Hidroviário
29%
94%
Dutoviário
5%
99%
Aeroviário
1%
100%
TOTAL
100%
100%
Tabela 10, fonte adaptado Ministério dos Transportes
3.3 - Modal Aquaviário
O modal aquaviário compreende: os rios, lagos ou lagoas navegáveis.
Hidrovia, aquavia, via navegável, caminho marítimo ou caminho fluvial são designações sinonímicas.
Hidrovia interior ou via navegável interior são denominações comum para os rios, lagos ou lagoas navegáveis.
O Transporte hidroviário é o tipo de transporte aquaviário realizado nas hidrovias para transporte de pessoas e mercadorias. As hidrovias de interior podem ser rios, lagos e lagoas navegáveis que receberam algum tipo de melhoria/sinalização/balizamento para que um determinado tipo de embarcação possa trafegar com segurança por esta via.
As hidrovias são de grande importância para este tipo de modal, visto que, através dela consegue-se transportar grandes quantidades de mercadoria a grandes distâncias. Nelas são transportados produtos como: minérios, cascalhos, areia, carvão, ferro, grãos e outros produtos não perecíveis.
Com relação as hidrovias no Brasil, conforme fonte ANTAQ:
  • O Brasil possui uma rede hidroviária economicamente navegada de aproximadamente 22.037 km.
  • Segundo o PNLT (2012), a participação do modal aquaviário, considerando hidrovias e cabotagem, é de 13% do total, sendo que as hidrovias respondem por 5%.
  • Segundo o levantamento das vias economicamente navegadas, realizado pela ANTAQ (2014), as principais hidrovias do país são: Amazônica (17.651 quilômetros), Tocantins-Araguaia (1.360 quilômetros), Paraná-Tietê (1.359 quilômetros), Paraguai (591 quilômetros), São Francisco (576 quilômetros), Sul (500 quilômetros).
  • 52% do potencial navegável do país é utilizado para o transporte de cargas ou passageiros, considerando o total previsto no PVN de 1973 e atualizações.
  • 80 % das hidrovias estão na região amazônica, especificamente no complexo Solimões-Amazonas.
  • De acordo com balanço da Antaq, o Brasil movimentou via navegação nos rios internos, 38 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2014.
As principais características do transporte hidroviário de carga no Brasil:
  • Grande capacidade de carga;
  • Baixo custo de transporte;
  • Baixo custo de manutenção;
  • Baixa flexibilidade;
  • Transporte lento;
  • Influenciado pelas condições climáticas.
  • Baixo custo de implantação quando se analisa uma via de leito natural, mas pode ser elevado se existir necessidade de construção de infraestruturas especiais como: eclusas, barragens, canais, etc.
Conforme dados, da Secretária dos Portos:
  • O Brasil possui 8,5 mil quilômetros de costa navegáveis.
  • O complexo portuário brasileiro movimentou 931 milhões de toneladas de carga bruta em 2013, um crescimento de 2,9% em relação a 2012.
  • Exportações: o setor portuário é responsável por mais de 90% das exportações do país. Dessa movimentação, 338 milhões de toneladas (36%) foram realizadas pelos Portos Organizados e 593 milhões (64%) pelos Terminais de Uso Privado (TUPs).
  • Dos 34 portos públicos, 16 são delegados a estados ou municípios e 18 marítimos são administrados diretamente pelas Companhias Docas, sociedades de economia mista, que têm como acionista majoritário o Governo Federal e, portanto, estão diretamente vinculadas à Secretaria de Portos.
  • São sete companhias responsáveis pelos portos: Companhia Docas do Pará (CDP), Companhia Docas do Ceará (CDC), Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba), Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) e Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).
 Os principais portos do Brasil são:
PRINCIPAIS PORTOS – BRASIL
Angra dos Reis - RJ
Imbituba - SC
Porto Alegre - RS
São Francisco do Sul - SC
Antonina - PR
Itaguaí ­ RJ
Porto Velho - RO
São Sebastião - SP
Aratu - BA
Itajaí - SC
Recife - PE
Suape - PE
Areia Branca - RN
Itaquí­ MA
Rio de Janeiro - RJ
Vila do Conde - PA
Belém - PA
Maceió - AL
Rio Grande - RS
Vitória - ES
Cabedelo - PB
Manaus - AM
Salvador - BA

Estrela - RS
Natal - RN
Santana - AP

Forno - RJ
Niterói - RJ
Santarém - PA


Com relação as principais vantagens e desvantagens do uso do transporte, segue tabela:
TRANSPORTE AQUAVIÁRIO
Vantagens
Desvantagens
Transporte de grandes distâncias
      Depende de vias apropriadas.
Transporte de grandes volumes
     É de gerenciamento complexo, exigindo muitos documentos.
Mercadoria de baixo valor agregado.
     Depende de terminais  especializados.
Transporte oceânico.
Tempo de trânsito longo
Frete de custo relativamente baixo.

3.4 - Modal aeroviário
O modal aeroviário no Brasil
O transporte aéreo é aquele realizado através de aeronaves e pode ser dividido em Nacional e Internacional.
O modal aéreo que é um transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado, pequenos volumes ou com urgência de entrega. O transporte aéreo possui algumas vantagens sobre os demais modais, pois é mais rápido, além de ser mais viável para remessas como bagagem, peças de reposição, produtos eletrônicos, mercadoria perecível, brindes, medicamentos, amostras, etc.
A navegação aérea, segundo INFRAERO, navegar significa conduzir uma embarcação ou aeronave em segurança, entre pontos determinados. É um processo complexo de orientação que permite viajar longos percursos com o objetivo de alcançar um local específico em segurança. Navegação aérea é a maneira de conduzir de um veículo voador – balão, avião, dirigível ou outro artefato próprio para voar – com habilidade e segurança por meio do espaço com a observação de pontos significativos que sirvam como referência.
No Brasil, a atuação da navegação área cobre uma extensa área recortada por aproximadamente, 77.000 milhas náuticas (142.604 km) de aerovias inferiores são verdadeiras "avenidas invisíveis" situadas até a altitude de 24.500 pés inclusive (7.468 metros) e 30.000 milhas náuticas (55.560 km) de aerovias superiores (situadas a partir da altitude de 24.500 pés) apoiados por uma rede de equipamentos e auxílios às operações de voo em rota, pousos e decolagens do qual a Infraero faz parte por meio da Superintendência de Navegação Aérea. Conforme dados consultado site INFRAERO.
As desvantagens são valor do frete mais elevado entre os outros modais, menor capacidade de carga e custo elevado da sua infraestrutura (Taxa aeroportuária).
As principais vantagens e desvantagens do uso do transporte aéreo no Brasil, são:
TRANSPORTE AÉREO
Vantagens
Desvantagens
Transporte de grandes distâncias.
Limite de volume e peso.
Tempo de trânsito muito curto.
Frete elevado.
Seguro de transporte é muito baixo.
Depende de terminais de acesso.
Está próximo aos centros urbanos.

               Tabela 13, fonte: http://logisticaparatodos-com-b.webnode.com.br/
Para concluir, o uso do transporte aéreo no Brasil, o seu uso deve ser para agilizar processos logísticos relacionados a grandes distâncias e prazo muito curto de entrega, como também alto valor agregado. Principalmente, entregas, nos grandes centros urbanos. Devido ao seu custo elevado, o uso deve ser considerado neste tipo de transporte com relação ao material ou urgência prioridade de entrega. A tendência futura é a redução de custos devido maior oferta deste tipo de serviço no Brasil.

3.5 - Modal dutoviário
Com relação ao modal dutoviário, disponível e usado no Brasil, é importante considerarmos a Lei nº 10.233, de 5 de julho de 2001, que dispõe sobre a reestruturação dos transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, e dá outras providências, cita o transporte dutoviário nas seguintes situações:
 Art. 21º § 3o A ANTT articular-se-á com entidades operadoras do transporte dutoviário, para resolução de interfaces intermodais e organização de cadastro do sistema de dutovias do Brasil.
Art. 24º Cabe à ANTT, em sua esfera de atuação, como atribuições gerais: XIII – promover levantamentos e organizar cadastro relativo ao sistema de dutovias do Brasil e às empresas proprietárias de equipamentos e instalações de transporte dutoviário;
Complementarmente consta na Resolução nº 3000, de 28 de janeiro de 2009, que aprova o Regimento Interno e a Estrutura Organizacional da ANTT:
73-B: À Superintendência de Serviços de Transporte Rodoviário e Multimodal de Cargas compete, além de outras atribuições relacionadas ao Transporte Rodoviário de Cargas estabelecidas pela Diretoria:
          - VIII: organizar e manter o cadastro de dutovias e de empresas proprietárias de equipamentos e instalações de transporte dutoviário, articulando junto a outros órgãos visando uma análise sistêmica e multimodal do transporte dutoviário.
Para informação, o transporte Dutoviário pode ser dividido em:
  • Oleodutos, cujos produtos transportados são, em sua grande maioria: petróleo, óleo combustível, gasolina, diesel, álcool, GLP, querosene e nafta, e outros.
  • Minero dutos, cujos produtos transportados são: Sal-gema, Minério de ferro e Concentrado Fosfático.
  • Gasodutos, cujo produto transportado é o gás natural.
A ANTT articula com as entidades relacionadas à área, visando à criação de Cadastro Nacional de Dutovias, eficiente e seguro, que sirva para orientar suas ações e projetos.
As principais vantagens e desvantagens do uso dutoviário, são:
TRANSPORTE DUTOVIÁRIO
Vantagens        
Desvantagens
Transporte de grandes distâncias.
Acidentes ambientais de grandes proporções
Transporte de volumes granéis muito elevados.
Investimento inicial elevado.
Simplificação de carga e descarga.
Custo fixo elevado.
Menor possibilidade de perda e roubo.
Requer mais licenças ambientais.
Baixo consumo de energia.

Baixos custos operacionais.

Alta confiabilidade.


3.6 - Modal Infoviário
A tecnologia da informação criou um novo modal de transporte: o infoviário, onde trafegam quantidades enormes de dados para facilitar e acelerar os processos de cargas e comercializar produtos virtuais.
As infovias, ou estradas eletrônicas, compõem a infraestrutura utilizada para a transmissão de dados e informações em formato de texto, imagens e voz de um ponto a outro ou para vários pontos.
Por meio dessa tecnologia, uma empresa pode comunicar seus serviços a potenciais consumidores, assim como os consumidores podem acessar os serviços de uma ou de várias organizações empresariais.
Conforme Alexandre Annenberg Netto, do Comitê Gestor da Internet no Brasil, considera que:
“infovias são redes de banda larga que utilizam modems digitais via linha telefônica ou via cabo, ou ainda conexões wireless via rádio, celular, satélite ou quaisquer outras modalidades que a Convergência Tecnológica ofereça”.
3.6.1 - As infovias no século XXI
O Século XXI reserva um lugar de destaque para as infovias, assim como o Século XIX foi para as ferrovias e o Século XX para as rodovias e aerovias. Nos Séculos XIX e XX muitos investimentos foram feitos para que os  Produtos pudessem chegar a outros mercados, sobretudo, a partir da primeira Revolução Industrial (1780), com a estratégia baseada na produção em larga escala. Seguramente, com as infovias não está e nem será diferente.
A globalização e a evolução tecnológica são direcionadores da economia e imprimem ao ambiente de negócio uma dimensão global e um dinamismo cada vez mais desafiadores. Nesse cenário, pensar em infovia significa considerar este modal de forma global, ou seja, na integração interna e externa, pois o ambiente de negócio perpassa as fronteiras geográficas dos países.
Construir e manter atualizada a infraestrutura de infovias com suas plataformas eletrônicas – que incluem telefone, televisão, Internet, servidores, bibliotecas multimídia e salas de videoconferência – exige ações integradas que transcendem a capacidade de poder público em reagir ou pro agir a essa demanda. Desta maneira, os poderes públicos municipal, estadual e federal devem atuar como promotores de políticas públicas e se integrar às empresas privadas dos mais diversos segmentos, a fim de responder a essa procura, de acordo com as necessidades do país.
O Governo Federal efetivou medidas importantes relacionadas ao modal infoviário: o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), criado pelo Decreto nº 7.175 de 12/05/2010, com o objetivo fomentar a expansão da infraestrutura e os serviços de telecomunicações, foi um passo gigantesco para desenvolver o modal infoviário brasileiro.
O PNBL irá massificar, até 2014, o acesso à internet com qualidade, dando condições para que 40 milhões de domicílios brasileiros tenham banda larga a uma velocidade de mínima de um Megabits per second (Mbps). Ao alcançar essa meta o ambiente de negócio do país será beneficiado, possibilitando o acesso rápido e descomplicado a produtos e serviços os mais diversos e, em consequência, promovendo o desenvolvimento socioeconômico.
A Internet tem desafiado a mentalidade empresarial tradicional, gerando mudanças organizacionais e ampliando as fronteiras geográficas dos negócios (LUMPKIN e DESS, 2004).
A sua velocidade de expansão é impressionante, tendo atingido 50 milhões de usuários em 5 anos, enquanto outras tecnologias ou formas de comunicação levaram bem mais do que isso: a TV a cabo levou 10 anos para atingir 50 milhões de usuários, o computador levou 11 anos, o telefone, 16 anos, a televisão levou 18 anos e o rádio, 38 anos (RAYPORT e JAWORSKI, 2001).
Na literatura do setor de transportes e de logística, temos tradicionalmente quatro modais de transportes, segundo Mendonça e Keedi (2000), os modais de transportes são divididos em:
  • Modal Aquaviário (e suas divisões em Marítimo, Fluvial e Lacustre);
  • Modal Terrestre (e suas divisões em Rodoviário e Ferroviário);
  • Modal Aéreo;
  • Modal Duto viário.
No modal Virtual é todo sistema de entrega de um produto não físico, entregue ao cliente ou consumidor via Internet ou por transmissão eletrônica de dados.
Segundo Fernandes (2007), a tecnologia da informação criou um novo modal de transporte, o infoviário. Na infovia, trafegam quantidades enormes de dados para facilitar e agilizar os processos no transporte de cargas. Um exemplo é o Conhecimento de Transporte Eletrônico, que pode até ser impresso dentro da boléia do caminhão, em uma impressora térmica.
Para Tapajós (2007) a tecnologia da informação é fundamental para entender as complicadas cadeias de suprimento e de distribuição física.
Os operadores logísticos não são meras transportadoras. Operam toda a inteligência da rede logística, da origem ao destino final. É nesse contexto que se estabelece o chamado "transporte infoviário", com a internet como a grande via, onde se "navega" transportando informação, utilizando como veículos as soluções web em TI, aliadas às novas Tecnologias em telemática.
Carballo (2006), nos remete à percepção de uma nova modalidade de transporte, ou seja, o vai e vem das informações que rodeiam as cadeias produtivas, os trâmites alfandegários, a otimização dos espaços e uma série de outras aplicações pertinentes a todos os demais modais. “Com a Internet como a grande via, onde se navega transportando informação, utilizando como veículos as soluções web em TI, aliadas às novas tecnologias em telecomunicações, temos o modal infoviário”, defende Carballo.
Para Taylor (2005), no caso de produtos que consistem basicamente de informações, também é possível transferir o fluxo de suprimentos para a Internet, formando uma cadeia de suprimentos totalmente eletrônica. Jornais, livros projetos gráficos, fotos, software, músicas e outros produtos de informação podem ser agrupados como dados puros e entregues quase que instantaneamente para qualquer lugar do mundo. Ainda segundo o autor, a distribuição não só é mais rápida e barata como promete mudar a própria definição do que significa entregar um produto.
Alguns produtos atendidos pelo Modal Virtual como música em formato MP3, livros eletrônicos ou e-books, filmes em Pay Per View (PPV), serviços em EAD (Educação à Distância) e softwares construídos sob encomenda.
3.6.2 A estrutura modal infoviário no Brasil
O Anel Ótico Sul-Americano tem como resultados imediatos fomentar o desenvolvimento econômico e a integração cultural dos países da Unasul. Com ele o percurso da informação será mais rápido, com menor custo e mais seguro, pois as distâncias serão menores porque o tráfego ocorrerá dentro do Continente Sul-Americano, não havendo necessidade de, primeiro, chegar aos Estados Unidos e só, depois, retornar ao continente, o que acontecia nos modelos mais antigos.
Outro benefício esperado pela instalação do Anel Ótico é a possibilidade de o país se tornar um polo de conteúdos digitais de excelência. Para que isso ocorra é preciso que essa infovia seja implantada, integrando-a também com a Europa, América do Norte, Ásia e África.
A instalação de infovias no Brasil, aos poucos as empresas brasileiras vão dominando a tecnologia, seguem proposições para a melhoria da malha infoviária brasileira:
  • PROPOSIÇÃO 1: Instalar Fibra Óptica de Manaus a Porto Velho usando o gasoduto Urucú (AM)/Porto Velho. Dimensão 522 km
  • PROPOSIÇÃO 2: Instalar Fibra Óptica de Cuiabá a Santarém usando a Ferrovia EF-170 (Cuiabá/Santarém)
  • PROPOSIÇÃO 3: Instalar Fibra Óptica entre Manaus e Boa Vista usando a BR-174
  • PROPOSIÇÃO 4: Instalar Fibra Óptica de Tucuruí (PA) até Manaus usando o Linhão de Tucuruí da Eletrobrás
  • PROPOSIÇÃO 5: Instalar fibra óptica entre Manaus (AM) e Porto Velho (RO) utilizando o gasoduto Coari (AM) Porto Velho (RO) sugerido no modal duto viário.
4 - Investimentos em infraestrutura logística no Brasil
Segundo estudo, o Brasil precisa investir R$ 1,09 trilhão em infraestrutura logística. A conclusão é de um estudo do núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da USP assinado pelos professores Claudio Tavares de Alencar e João da Rocha Lima Júnior com o mestrando Flávio Abdalla Lage e apresentado no final da semana passada na 14ª Conferência Internacional da LARES (Latin American Real Estate Society), assim distribuído:
Investimentos necessário em transporte
Transporte
Investimento necessário (em R$)
Rodoviário
607 bilhões
Ferroviário
364 bilhões
Hidroviário/Marítimo
85,5 bilhões
Aéreo
33,3 bilhões
Total
1,09 trilhão
                                      Tabela 15, fonte: Exame
O PNLT foi desenvolvido pelo Ministério dos Transportes – MT, em cooperação com o Ministério da Defesa – MD. O objetivo é formalizar e perenizar instrumentos de análise, sob a ótica da logística, para dar suporte ao planejamento de intervenções públicas e privadas na infraestrutura e na organização dos transportes, de modo a que o setor possa contribuir efetivamente para a consecução das metas econômicas, sociais e ecológicas do País, em horizontes de médio em longo prazo, objetivando o desenvolvimento sustentado.
Trata-se, essencialmente, de plano indicativo, em processo de reavaliação periódica, que permitirá visualizar o necessário desenvolvimento do setor de transportes, de acordo com as demandas futuras, resultantes da evolução da economia nacional e sua inserção no mundo globalizado.
Conforme o PNLT (Plano Nacional de Logística e Transportes, apresentado em abril/2012), com relação à política de transportes, a meta do Ministério dos Transportes de modificar a Matriz de Transportes nas próximas duas décadas atingirá esse objetivos, sendo:
  • Dar prioridade aos investimentos em transportes ferroviário e hidroviário, produz benefícios econômicos resultantes de menores custos de operação e frete por tku (tonelada quilômetro útil) dessas modalidades, em relação ao transporte rodoviário;
  • Resulta também em menor emissão de gases poluentes na atmosfera, oferecendo melhor qualidade ambiental do ar e menor impacto no aquecimento global;
  • A rede hidroviária disponível no Pais, oferece a oportunidade de estruturar o seu sistema básico de transportes com maior eficiência energética, menor consumo de combustível derivado de petróleo e menor poluição atmosférica;
 5 - CONCLUSÃO:
O transporte rodoviário de cargas no Brasil, onde ainda é o principal modal de transportes, mas carece de investimentos e melhorias nas rodovias estaduais e federais. Pois o Brasil possue 1,7 milhão de quilômetros de estradas municipais, estaduais e federais, mas a malha rodoviária nacional somente 12,9% (221.820 quilômetros) são pavimentadas, enquanto a malha rodoviária não pavimentada o percentual é de 79,5% (1.363,740 quilômetros).
Os investimentos previstos no PNL e PAC em andamento no Brasil, podem melhorar muito a infraestrutura rodoviária, pois tem obras em andamento de norte a sul em rodovias federais como duplicação de rodovias e melhorias, como também as privatizações (concessões federais e estaduais). Mas o principal problema é nos municípios onde a maior parte das estradas não são pavimentadas e a falta de recursos dos municípios não mudará esta realizada no curto e médio prazo, principalmente nos municípios do interior do Brasil e mais pobres.
Os investimentos em outros modais nos próximos 10 anos mudarão significativamente a participação do modal rodoviário no Brasil, pois conforme dados do Ministério dos Transportes por modais, conforme histórico desde 1996-2005, a tendência para 2025 a distribuição em % por modal será a seguinte: Ferroviário 35%, Rodoviário 30%, Hidroviário 29%, Dutoviário 5% e Aéreo 1%.
A competição no mercado, entre os três principais modais: ferroviário, rodoviário e hidroviário será forte, os custos tendem a reduzir (vai depender das fontes de energia e os custos dos mesmos) para os usuários destes modais devido a forte competição no mercado. As empresas de transporte rodoviário terão que adaptar seus investimentos e estratégias para poderem competir com estes modais, sendo competitivo em custos, mantendo qualidade e serviços, flexibilidade  e prazos de entregas diferenciados para cada cliente.
Mas, porém, as empresas podem realizar parcerias com os modais ferroviário e hidroviário, um complementando o outro nos seus pontos fracos, pois as mercadorias tem que chegar até o trem e até aos barcos e navios, pois estes dois modais tem limitações físicas pois precisam de trilhos(Trens) e canais navegáveis(rios). A tendência é o uso do transporte rodoviário para curta distância e nos grandes centros urbanos, enquanto o ferroviário e hidroviário nas longas distâncias, principalmente no transporte de minérios e produtos agrícolas.

Referencia bibliográfica:
ANTAQ -  Agência Nacional de Transportes Aquaviário   http://www.antaq.gov.br/Portal/Portos_PrincipaisPortos.asp
ANTF Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários http://www.antf.org.br/
ANTT: Pesquisa site ANTT, acessado em 21/12/2014  http://appweb2.antt.gov.br/rntrc_numeros/rntrc_emnumeros.asp
CIA Central Intelligence Agency, Pesquisa CIA, acessado em 18/01/2015: https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/us.html

CFA Conselho Federal de Administração  http://www.cfa.org.br/servicos/publicacoes/planobrasil_web1.pdf

EXAMEhttp://exame.abril.com.br/economia/noticias/r-1-tri-e-quanto-requer-nossa-infraestrutura-de-transporte

INFRAERO: http://www.infraero.gov.br/

LOGISTICA PARA TODOShttp://logisticaparatodos-com-b.webnode.com.br/ 

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES: Pesquisa site ministério dos transportes, acessado em 21/12/2014 http://www2.transportes.gov.br/bit/04-hidro/rios-reg.html
MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES: Pesquisa site Ministério dos Transportes, acessado em 22/12/2014,  http://www.transportes.gov.br/

Cláudio Farias - Administrador de Empresas e MBA Negócios Internacionais pela UNISINOS e MBA Logística Empresarial pela FARGS. Profissional com 24 anos de experiência em negociações, gestão de equipe, desenvolvimento de fornecedores de embalagens e matéria-prima,  novos produtos e importação. Implantação de projetos e norma ISO 9000, ERP/SAP no módulo MM e WM. Carreira em empresas como: Indústria de Calçados Flama, Zivi/Hercules, CEF, Seven Boys, Hertz Administração e Kley Hertz, Carvalhaes.

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